Entenda como o a tecnologia de reconhecimento facial pode ser útil para o controle de acesso em condomínios. Saiba mais!
Um condomínio, seja ele comercial, residencial ou misto, envolve um grande movimento de pessoas por dia. Por isso, a segurança, sobretudo no controle de acesso ao condomínio, é um item essencial para a gestão. Nesse contexto, surge a tecnologia de reconhecimento facial, que pode simplificar esse controle.
O uso da tecnologia de reconhecimento facial cresceu nos últimos tempos, mas é importante entender melhor como ela funciona e quais são as suas vantagens e desafios para os condomínios e, sobretudo, para a administração.
Neste artigo, organizamos as principais informações que uma administradora precisa saber sobre reconhecimento facial. Boa leitura!
O que é e como funciona o reconhecimento facial?
O reconhecimento facial é uma forma de identificar ou confirmar a identidade de alguém por meio do seu rosto.
Essa tecnologia funciona por meio de um software com inteligência artificial (IA) que identifica e mede os componentes faciais de uma pessoa em fotos, vídeos ou em tempo real, da mesma forma que a leitura da impressão digital.
A tecnologia de reconhecimento facial geralmente analisa características como:
- distância entre os olhos;
- distância da testa ao queixo;
- distância entre a boca e o nariz;
- formato das maçãs do rosto;
- contorno dos lábios, orelhas e queixo.
Na prática, o que a tecnologia de reconhecimento facial faz é analisar essas características do rosto de uma pessoa e transformar essas informações em dados. Em seguida, a inteligência artificial compara esses dados com um banco de dados. Se houver correspondência, o acesso é liberado.
Atualmente, essa tecnologia é utilizada de diversas formas: desde no controle de aeroportos e fronteiras até em usos bem mais corriqueiros, como o desbloqueio de um celular.
Todo esse processo acontece em segundos, e a liberação é automática. Com isso, é possível ter muito mais segurança e rapidez em processos de identificação de pessoas.
Por que o reconhecimento facial é útil em condomínios?
Frequentemente surgem notícias sobre invasões e roubos em condomínios, realizados por pessoas que se passaram por moradores, visitantes ou prestadores de serviços.
Nesse contexto, um software de controle de acesso que utilize tecnologias de reconhecimento facial pode ajudar — e muito — a manter a segurança dos condomínios.
Além disso, sistemas de controle de acesso por reconhecimento facial também podem trazer mais eficiência, economia e conveniência para os condomínios. Veja a seguir.
Maior segurança e precisão no controle de acesso
Como você já viu, o reconhecimento facial acontece por meio de uma IA que analisa e compara as características do rosto de uma pessoa a um banco de dados. Assim, o nível de precisão é muito alto.
Na prática, isso significa que é praticamente impossível burlar o sistema de controle de acesso de um condomínio que utilize o reconhecimento facial, o que garante muito mais segurança para o condomínio.
Agilidade e conveniência para moradores e visitantes
A leitura e validação de um rosto por meio da tecnologia de reconhecimento facial é feita por inteligência artificial, e todo o processo acontece em menos de 1 segundo.
Dessa forma, o morador ou visitante não precisa passar por um processo manual demorado de identificação. Além de muito mais conveniência, essa agilidade também aumenta a segurança do indivíduo, que não precisará ficar do lado de fora do condomínio por um longo período enquanto sua entrada é validada.
Para a gestão do condomínio, isso pode resultar em mais confiança e satisfação dos moradores com a administradora.
Redução de erros e custos operacionais para administradoras
Diferente de métodos tradicionais, como senhas, chaves físicas, tags ou cartões de acesso, a automação oferecida pela tecnologia minimiza falhas humanas que costumam gerar retrabalhos e aumentar despesas.
Por exemplo, elimina-se o risco de esquecimentos e perdas, o que reduz gastos com reposição e manutenção de recursos como chaves, cartões ou senhas.
Além disso, com processos automatizados, a necessidade de monitoramento manual diminui, gerando economia de tempo e de custos.
Desafios e cuidados ao implantar o reconhecimento facial
Apesar das grandes vantagens do reconhecimento facial, é muito importante entender, também, os desafios e, claro, os cuidados que devem ser tomados ao utilizar essa tecnologia.
Custos iniciais e como planejar o investimento
O primeiro ponto a ser analisado é o custo da implantação dessa tecnologia e, claro, o retorno sobre o investimento.
É importante entender se o investimento em uma tecnologia de reconhecimento facial faz sentido para o condomínio, tanto para a rotina dos moradores e visitantes quanto para a saúde financeira do empreendimento.
Após essa avaliação, os custos devem ser avaliados e previstos em relação ao caixa do condomínio e, por fim, aprovados pelos condôminos em assembleia.
Garantia de conformidade com a LGPD e segurança dos dados
De acordo com a LGPD, a biometria facial faz parte dos dados pessoais considerados sensíveis. Os dados pessoais sensíveis exigem um tratamento específico e mais cuidadoso, uma vez que revelam muito mais sobre um indivíduo do que os demais dados pessoais.
Nesse sentido, é essencial que o condomínio e a administradora estejam totalmente por dentro da LGPD e das melhores práticas de tratamentos de dados, desde o consentimento do titular dos dados até os processos de tratamento, com base nos princípios dispostos pela lei:
- finalidade;
- adequação;
- necessidade;
- livre acesso;
- qualidade dos dados;
- transparência;
- segurança;
- prevenção;
- não discriminação;
- responsabilização e prestação de contas.
Além disso, durante a contração, deve-se garantir que a empresa responsável pelo software de controle de acesso também esteja 100% de acordo com a LGPD, uma vez que, caso haja algum vazamento, a responsabilidade também pode recair sobre o condomínio e a administradora.
Aceitação dos moradores e estratégias de comunicação
A implementação do reconhecimento facial em condomínios pode gerar resistência inicial por parte dos moradores, principalmente devido a dúvidas sobre privacidade, segurança de dados e mudanças de rotina.
Dessa forma, para garantir a adoção bem-sucedida do sistema, é importante investir em estratégias claras e eficazes de comunicação e engajamento.
Algumas atitudes que podem ajudar são:
- apresentação dos benefícios de forma transparente;
- distribuição de informações por diferentes meios, como cartazes, folders, cartilhas ou mensagens e notificações on-line;
- abertura de um canal de comunicação para sugestões e dúvidas.
Para tudo isso, um aplicativo de comunicação para condomínios, como o Group COM, pode ser uma solução prática para simplificar o atendimento e a comunicação com o síndico e os condôminos.
Dicas para implantar um sistema de reconhecimento facial em condomínios
Como você viu, um sistema de controle de acesso em condomínios com a tecnologia de reconhecimento facial pode ajudar muito a garantir a segurança no condomínio sem abrir mão da conveniência e agilidade.
Para entender melhor como fazer isso na prática, organizamos algumas dicas que podem ajudar na implantação de um sistema assim.
Escolha de fornecedores e critérios de avaliação
A escolha do fornecedor certo é fundamental para o sucesso da implementação do sistema de reconhecimento facial em condomínios. Uma contratação inadequada pode gerar problemas técnicos, falhas operacionais e até questões legais, comprometendo a confiança dos moradores e a eficiência do condomínio.
Nesse sentido, é importante prestar atenção a alguns critérios ao avaliar empresas especializadas:
- experiência e credibilidade no mercado;
- conformidade com a LGPD e segurança dos dados;
- qualidade da tecnologia oferecida;
- suporte técnico e manutenção;
- integração com outros sistemas;
- custo-benefício e flexibilidade de pagamento.
Com base nesses critérios, as administradoras podem garantir a escolha de um fornecedor competente e confiável, de forma a assegurar a eficiência e a durabilidade do sistema implantado.
Cadastramento e treinamento dos moradores
Para garantir que todos os moradores tenham seu acesso liberado adequadamente, é importante ter um banco de dados com as informações necessárias.
Para isso, muitas empresas oferecem o cadastramento facial por meio de fotos ou até mesmo pelo próprio aplicativo. Algumas empresas também permitem o cadastramento em lote, tornando o processo mais fácil e prático.
Ainda assim, é importante levar em conta o consentimento livre, informado e inequívoco do indivíduo, de acordo com a LGPD.
Visitantes e prestadores de serviço
Há sistemas que permitem o cadastro facial a partir de um link de convite ou QR code. Assim, é possível que o acesso de visitantes e prestadores de serviço também seja liberado com praticidade.
É interessante se informar sobre qual a prática orientada pela empresa que fará a implantação do sistema no condomínio.
Portaria híbrida
Outra possibilidade para o controle de acesso no condomínio é a portaria híbrida, que reúne o serviço de portaria tradicional, com atuação humana, e a tecnologia. Assim, o sistema de reconhecimento facial pode ser uma fase do controle de acesso, garantindo ainda mais segurança.