Os elevadores em condomínio desempenham um papel fundamental no cotidiano do espaço, seja para facilitar a locomoção entre os andares, transporte de itens pesados, ou até mesmo para a acessibilidade e a segurança dos moradores.
Existe uma série de normas de uso e legislações diversas sobre a sua obrigatoriedade em condomínios. Isso pode trazer alguns desafios para síndicos e administradoras, e são esses pontos que abordaremos neste artigo.
Segurança e manutenção de elevadores em condomínio
A manutenção de elevadores regular é fundamental para garantir a segurança dos usuários. Os condomínios devem firmar contratos com empresas especializadas, responsáveis por realizar inspeções periódicas e manutenções preventivas e corretivas.
Isso inclui a verificação e ajuste dos sistemas de freios, portas, cabos e componentes elétricos e eletrônicos, além da lubrificação adequada de peças móveis. Todas as intervenções feitas devem constar no registro de manutenções do sistema de gestão condominial.
Normas técnicas e uso social
Os elevadores ainda devem atender aos requisitos de segurança estabelecidos pelas normas técnicas e regulamentações vigentes. Nesse sentido, os equipamentos de segurança, como sensores de presença, sistemas de emergência e alarmes, devem estar em perfeito funcionamento. Além disso, de acordo com a NBR 12892/2022 da ABNT:
"0.2.1 O elevador unifamiliar ou de uso por pessoas com mobilidade reduzida é projetado para:
a) atender a pessoas em edificações residenciais unifamiliares, melhorando o conforto na habitação e proporcionando uma previsão para eventual necessidade futura;
b) ter função social ao prover acesso a pessoas com mobilidade reduzida, pessoas idosas, doentes ou com dificuldade de locomoção, permanente ou temporária, eliminando a limitação de acesso aos espaços físicos e provendo integração com a comunidade."
Também precisamos frisar que os moradores desempenham um papel importante na segurança dos elevadores em condomínio.
É fundamental que sigam as orientações de uso: evitem sobrecarregar o equipamento, forçar as portas, brincar ou obstruir o seu fechamento.
Quando o condomínio é obrigado a ter elevador?
Um condomínio é obrigado a ter elevador quando as normas de acessibilidade ou as leis municipais exigirem.
A principal lei federal é a nº 10.098/2000, que define critérios básicos para promover a acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Essa legislação determina que edifícios com mais de um pavimento devem oferecer recursos de acessibilidade que permitam a circulação entre os andares.
Além disso, legislações municipais e normas técnicas de construção complementam essa exigência. Elas definem em quais situações um prédio sem elevador pode ser considerado irregular.
O objetivo é garantir condições de acesso, conforto e inclusão. Assim, evitando barreiras físicas e promovendo um ambiente mais seguro e acessível para todos.

Acessibilidade em elevadores
A acessibilidade em elevadores é essencial para garantir que todos os moradores possam se deslocar de forma autônoma e segura, especialmente idosos, gestantes, cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
Ainda segundo a Lei nº 10.098/2000, edifícios de uso privado com instalação obrigatória de elevadores devem garantir acesso pleno e seguro a todos os moradores.
Complementando essa norma, a ABNT NBR 12892:2022 estabelece padrões técnicos específicos para o uso de elevadores por pessoas com mobilidade reduzida.
A norma define dimensões mínimas internas e portas com largura adequada. Também estabelece a necessidade de comandos de operação acessíveis, com botoeiras em altura apropriada e sinalização tátil e visual.
Além disso, exige nivelamento entre o piso e a cabina, bem como barras de apoio para segurança dos usuários. Os sistemas de emergência devem incluir alertas sonoros e visuais, e o tempo de fechamento das portas precisa ser ajustável.
Essas medidas tornam o uso do elevador mais inclusivo e seguro, promovendo igualdade de acesso e integração à vida condominial.
Quais são os tipos de elevadores?
Nos condomínios, existem diferentes tipos de elevadores, cada um com finalidades específicas. Entender suas funções ajuda síndicos e administradoras a escolherem o modelo mais adequado para o perfil do empreendimento:
- elevador social: voltado ao transporte de moradores e visitantes, é o mais comum nos condomínios residenciais. Costuma ter acabamento mais sofisticado e acesso controlado;
- elevador de serviço: projetado para o transporte de cargas leves, objetos volumosos, materiais de limpeza e mudanças. Em alguns casos, também é utilizado para levar animais de estimação, conforme o regimento interno;
- elevador de carga: usado em edifícios comerciais ou condomínios mistos. Suporta pesos mais elevados e prioriza a funcionalidade em vez da estética;
- elevador de passageiros: categoria que engloba os elevadores sociais e de serviço. É destinado ao transporte de pessoas com conforto e segurança;
- elevador residencial: instalado em edifícios menores ou residências unifamiliares. Atende a poucos andares e proporciona acessibilidade para moradores com mobilidade reduzida;
- plataforma elevatória: alternativa prática e econômica para locais que não exigem um elevador tradicional. Indicada para acessibilidade de cadeirantes, idosos e pessoas com dificuldade de locomoção.
Essas opções garantem que o condomínio ofereça mobilidade, segurança e acessibilidade para todos os perfis de moradores. Assim, equilibra conforto e eficiência na gestão predial.
Elevadores inteligentes: como a tecnologia está transformando os condomínios
O uso de IoT (Internet das Coisas) e sensores inteligentes permite monitorar em tempo real o funcionamento dos equipamentos. Dessa forma, é possível detectar desgastes e acionar manutenções preventivas antes mesmo que ocorra uma falha.
Outra inovação é a integração dos elevadores com portarias digitais e aplicativos de controle. Isso permite chamar o elevador pelo celular, liberar o acesso de visitantes autorizados e acompanhar o fluxo de uso de forma remota.
Além disso, a análise de dados de tráfego interno ajuda a otimizar as viagens. Ela agrupa chamadas de andares próximos e diminui o tempo de espera.
Esses avanços já são realidade em muitos prédios brasileiros. Segundo reportagem do Estadão, a inteligência artificial está chegando ao mercado de elevadores. Ela amplia a segurança e a eficiência dos sistemas, utilizando algoritmos que monitoram o desempenho e detectam riscos automaticamente.
Soluções inteligentes como essas representam o futuro da gestão condominial: mais conectada, segura e sustentável.
Para as administradoras, investir em inovação significa reduzir falhas e valorizar o empreendimento. Além disso, a inovação oferece uma experiência mais confortável para todos os moradores.
Regras de uso dos elevadores em condomínio
O uso consciente dos elevadores é essencial para garantir segurança, boa convivência e evitar prejuízos ao condomínio.
As orientações a seguir reúnem boas práticas indicadas por órgãos como o Corpo de Bombeiros e princípios do Código Civil. Vale lembrar que o regimento interno do condomínio deve sempre descrever essas regras para reforçá-las:
- crianças devem usar o elevador somente acompanhadas ou sob supervisão. Brincadeiras, saltos e movimentos bruscos podem causar falhas e acidentes;
- respeito ao limite de capacidade e a carga máxima indicada. Sobrecarregar o elevador compromete a segurança e acelera o desgaste dos componentes;
- animais de estimação devem seguir as regras do regimento interno. Se permitido, o transporte deve ocorrer de forma segura, com guia ou caixa de transporte, e nos horários definidos;
- mudanças ou transporte de objetos volumosos devem ser realizados preferencialmente pelo elevador de serviço, ou em horários reservados.Isso evita conflitos com o uso residencial comum;
- o uso adequado do elevador social e do elevador de serviço deve ficar claro no regimento interno do condomínio. Por exemplo, definindo que o social é para moradores e visitantes em trânsito diário;
- na convenção e no regimento interno do condomínio deve constar horários de funcionamento, faixas prioritárias, agendamento de uso especial e penalidades em caso de uso indevido;
- em caso de manutenção, falhas ou paradas técnicas, bloqueie o uso da cabine. Também informe os condôminos e aguarde a empresa especializada. Nunca force o funcionamento ou entre por conta própria.
O que fazer quando o elevador quebra?
Quando o elevador apresenta falhas, é essencial agir rápido e com responsabilidade para garantir a segurança dos moradores.
O primeiro passo é acionar imediatamente a empresa responsável pela manutenção, registrando o chamado técnico e informando o ocorrido.
Em seguida, comunique os condôminos sobre a interrupção. Use quadros de aviso, mensagens no app do condomínio ou comunicados automáticos. Eles devem alertar que o uso está suspenso até a conclusão do conserto.
Também é importante registrar a ocorrência no sistema de gestão condominial, com data, hora, tipo de falha e empresa acionada. Esse histórico comprova que a administração adotou as medidas necessárias.
Por fim, revise as cláusulas contratuais de manutenção, especialmente prazos de resposta e cobertura de serviços.
Lembre-se: a omissão pode gerar riscos à segurança e até responsabilidade civil do síndico ou da administradora.
Com uma boa comunicação e registros organizados, o problema é resolvido mais rapidamente e a confiança dos moradores se mantém.
Como um sistema de gestão pode apoiar o controle dos elevadores
Manter o controle das manutenções e ocorrências relacionadas aos elevadores é uma das tarefas mais delicadas da gestão condominial. Um sistema de gestão especializado, como da Group Software, simplifica esse processo e aumenta a segurança de todos os envolvidos.
Com a plataforma, a administradora pode registrar documentos voltados para manutenções preventivas e corretivas. Ela também pode acompanhar prazos de contrato e armazenar o histórico completo de visitas técnicas. Isso garante rastreamento e transparência em todas as ações realizadas.
Além disso, o sistema permite emitir comunicados automáticos aos moradores sempre que houver manutenção programada ou falhas temporárias. Assim, reduz ruídos de comunicação e aumenta a confiança na administração.
Outro ponto de destaque é o controle centralizado de fornecedores e serviços, que facilita auditorias e relatórios financeiros sobre custos de manutenção predial.
Com tecnologia e organização, a gestão se torna mais proativa. Por sua vez, os moradores têm acesso a informações claras sobre o funcionamento e a segurança dos elevadores.
Elevadores em condomínio: gestão exige atenção e tecnologia
Os elevadores são indispensáveis no dia a dia dos condomínios. Contudo, eles exigem cuidados técnicos, manutenção constante e boa comunicação com os moradores.
Uma gestão eficiente depende de planejamento, registros organizados e tecnologia para garantir segurança e transparência.
Com o Group COM, administradoras podem enviar avisos, registrar manutenções e manter todos informados em tempo real, tornando a convivência mais transparente, segura e tranquila.
Perguntas frequentes sobre elevadores em condomínio
Confira as respostas a seguir:
Os elevadores devem seguir as normas da ABNT, especialmente a NBR 12892/2022 e a NBR NM 207, além das legislações locais sobre segurança, manutenção e acessibilidade.
A administração do condomínio é responsável por contratar e fiscalizar empresas especializadas, garantindo manutenções preventivas e corretivas regulares.
Geralmente não. O transporte de mudanças e objetos volumosos deve ser feito pelo elevador de serviço, mas deve seguir o que está previsto no regimento interno de cada condomínio.
Elevadores em condomínios proporcionam maior facilidade e acessibilidade para moradores e visitantes, facilitando a mobilidade, especialmente para idosos e pessoas com mobilidade reduzida.
Além da manutenção regular, é importante possuir portas com travamento seguro, sensores de sobrecarga e queda, sistemas de freio confiáveis e a adoção de normas técnicas específicas.
Ao selecionar um elevador, leve em consideração a capacidade de carga, a velocidade, a quantidade de paradas e a tecnologia de economia de energia que melhor atenda às necessidades e demandas dos moradores. Consultar uma empresa especializada é fundamental.






