A sustentabilidade é um assunto cada vez mais importante nos dias de hoje, e nos condomÃnios não é diferente. Nesse contexto, é essencial começar a pensar sobre formas de tornar o condomÃnio mais sustentável, e um exemplo disso é o uso de energia. Utilizar energia de fontes sustentáveis, como energia solar em condomÃnio, pode trazer diversas vantagens para o empreendimento.
Em tempo de altos gastos com a conta de luz, o uso de energia solar fotovoltaica pode ajudar a reduzir os custos com energia elétrica. Além disso, há ainda diversos benefÃcios ambientais e sociais no uso desse tipo de energia sustentável.
Pensando nisso, organizamos este artigo para explicar melhor como funciona a energia solar em condomÃnio.
Boa leitura!
Como funciona a energia solar?
A energia solar, ou fotovoltaica, é um sistema que converte a luz do sol em eletricidade por meio de células fotovoltaicas. Esse tipo de energia é renovável e não poluente, sendo uma opção sustentável tanto para residências quanto para grandes usinas.
O processo de geração de energia solar acontece por meio de 3 etapas principais. Confira a seguir:
1. Captação
O primeiro passo é a captação da luz solar, durante o dia, por meio dos painéis solares. Os painéis são compostos por células fotovoltaicas que absorvem a luz solar e liberam corrente elétrica.
2. Conversão
A corrente elétrica gerada pelas células fotovoltaicas é inicialmente contÃnua, mas a maioria das aplicações elétricas utiliza corrente alternada. Assim, para converter, utiliza-se um aparelho chamado inversor, que transforma a corrente contÃnua em corrente alternada.
3. Créditos
Por fim, a eletricidade gerada pelos painéis solares pode ser utilizada localmente. Caso haja excedente, é possÃvel enviá-lo de volta à rede elétrica pública, dependendo do sistema de compensação de créditos adotado.
Como adotar energia solar no condomÃnio?
Caso um condomÃnio tenha interesse em adotar um sistema de energia solar, existem três principais opções: a instalação de painéis fotovoltaicos em unidades, a instalação de painéis fotovoltaicos no condomÃnio e a assinatura de energia. Cada uma dessas alternativas oferece desafios e vantagens próprias. Veja, a seguir, um pouco mais sobre cada opção.
Painéis em unidades
Nesse caso, os moradores têm a opção de instalar os painéis fotovoltaicos em suas unidades, utilizando a energia gerada para suas necessidades especÃficas. Assim, cada apartamento ou casa opera como uma unidade independente de geração de energia solar, e os moradores podem usufruir dos benefÃcios da redução das contas de eletricidade.
Essa alternativa oferece flexibilidade aos moradores para decidirem individualmente quanto à adoção da energia fotovoltaica, e sua implementação pode ser gradual.
No entanto, é necessária muita atenção da gestão do condomÃnio para garantir que a instalação cumpra todas as regulamentações legais e do condomÃnio. Além disso, pode ser um desafio realizar a instalação individualmente em cada unidade devido a restrições fÃsicas ou estruturais. Outro desafio, nesse caso, é o custo de instalação, que pode ser alto.
Painéis no condomÃnio
Já no caso da instalação centralizada de painéis fotovoltaicos, o condomÃnio investe na instalação de um sistema central. Nesse caso, a eletricidade gerada pode ser distribuÃda entre os moradores ou utilizada para alimentar as áreas comuns, como corredores, elevadores e iluminação externa.
Essa possibilidade tem grande potencial de economia nos custos de energia do condomÃnio como um todo e também das unidades. Porém, também demanda um investimento inicial significativo para instalação.
Além disso, outra vantagem dessa alternativa é a facilidade maior na manutenção e monitoramento, uma vez que o sistema é único e centralizado.
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Energia por assinatura
Por fim, outra alternativa é realizar a assinatura de energia com uma empresa especializada. Nesse caso, a empresa obtém créditos de energia gerados em uma fazenda solar e o condomÃnio paga uma assinatura mensal ou anual pela utilização dessa energia no condomÃnio. Assim, a conta de luz é reduzida e o condomÃnio utiliza energia limpa para suas demandas.
Essa alternativa é mais econômica, uma vez que não demanda investimento inicial e instalação de equipamentos. No entanto, é importante ter atenção à fidelidade do contrato e se essa opção está disponÃvel na região do condomÃnio.
O que diz a lei?
A legislação que define a geração de energia elétrica fotovoltaica é a lei 14.300/2022, que regula a microgeração e minigeração distribuÃda de energia. É ela que define os usos e taxações dos créditos de energia elétrica, além das modalidades de autoconsumo e limites de geração.
Além disso, a Resolução Normativa 1.059/2023 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprimorou as regras para a conexão e o faturamento de centrais de microgeração e minigeração, bem como as regras do Sistema de Compensação de Energia Elétrica. A norma também define as regras para a geração distribuÃda em “empreendimento com múltiplas unidades consumidoras”, o que seria o caso dos condomÃnios.
Por fim, quando falamos especificamente sobre condomÃnios, também é muito importante consultar o Código Civil. E, segundo seu artigo 1.341, a realização de obras no condomÃnio depende de aprovação dos condôminos em assembleia. Assim, destacamos que a instalação de sistemas de energia fotovoltaica, assim como a assinatura de energia, deve ser aprovada em assembleia antes de ser aplicada ao condomÃnio.
Vale destacar, também, que, em caso de dúvidas, é essencial consultar um advogado especialista em condomÃnios, que pode oferecer as orientações adequadas.
Vantagens da energia solar em condomÃnio
Por fim, a adoção de um sistema de energia solar em condomÃnio pode trazer uma variedade de vantagens, e não somente para o meio ambiente. Por exemplo, um condomÃnio que utiliza energia solar pode se tornar mais valorizado, uma vez que tem se tornado cada vez mais comum a busca por imóveis com caracterÃsticas sustentáveis e com consciência ambiental.
Veja, a seguir, mais algumas vantagens do uso da energia fotovoltaica em condomÃnios.
- Contribuição para o meio ambiente;
- descontos nas contas e IPTU, a depender da região;
- benefÃcios fiscais;
- melhoria da qualidade de vida dos funcionários;
- estÃmulo à inovação tecnológica;
- incentivo a uma cultura mais sustentável;
- possibilidade de obter créditos de carbono;
- consciência social e responsabilidade empresarial;
- economia financeira e redução nas contas de luz.