A homologação de boletos bancários é um processo essencial para garantir que os pagamentos dos condôminos cheguem corretamente às contas das administradoras.
Sem essa etapa, há riscos de erros na emissão e no recebimento dos valores, comprometendo a saúde financeira do condomínio.
O processo é simples, mas algumas etapas variam de acordo com cada instituição bancária, o que pode causar dúvidas.
Por isso, neste artigo, listamos algumas exigências específicas de cada banco para os processos de homologação de boletos e arquivos de remessa.
Boa leitura!
O que é homologação de boletos?
A homologação de boletos é uma exigência dos bancos para empresas que emitem boletos registrados via sistema próprio. O objetivo é validar se os dados e o modelo utilizado estão corretos e conforme as regras bancárias.
Esse processo traz inúmeros benefícios para o condomínio:
- segurança, já que o procedimento evita inconsistências que poderiam abrir espaço para fraudes ou erros de digitação nos dados do pagador, do valor ou da conta de destino.
- rastreabilidade, uma vez que os boletos passam por registro bancário, cada cobrança pode ser acompanhada em tempo real, permitindo que a empresa saiba exatamente quais boletos foram emitidos;
- integração plena com os bancos, o que significa que os sistemas conversam entre si de forma automatizada, reduzindo falhas no registro e evitando ajustes manuais;
- conformidade regulatória, pois todos os boletos seguem os padrões exigidos pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pelas instituições financeiras, protegendo as empresas e os clientes.
Como funciona homologação de boletos: passo a passo
A homologação de boleto ocorre em etapas para garantir que todas as transações sigam os padrões bancários. Confira, a seguir, quais são elas.
- Contatar o banco e solicitar os dados do convênio: peça ao gerente (ou responsável) os dados necessários para a homologação. Geralmente, incluem número da agência e da conta, código do banco e cedente, entre outros.
- Cadastrar os dados no sistema de gestão: insira as informações do convênio no software utilizado para emitir os boletos.
- Gerar um boleto teste e o arquivo de remessa: crie um documento fictício com valores simbólicos, por exemplo, para que o banco possa validar o layout do boleto.
- Enviar os arquivos ao banco: encaminhe o boleto de teste e o arquivo de remessa conforme o canal indicado pela instituição.
- Aguardar a validação: o banco fará a análise e confirmará se o sistema está homologado para emitir boletos registrados.
Ademais, é importante ressaltar que cada banco pode ter prazos, formatos de arquivo e exigências específicas. Por isso, é importante seguir as orientações fornecidas pela instituição financeira.
Veja também:
Regras e exigências para fazer homologação em cada banco
Cada instituição bancária possui regras e procedimentos específicos para a homologação de boletos, garantindo que os pagamentos sejam processados corretamente e sem falhas.
Durante essa etapa, as administradoras de condomínios devem seguir as diretrizes do banco com o qual operam, incluindo a geração de arquivos de remessa e retorno, validação de layout e testes operacionais.
Leia também: Como automatizar a geração e controle de boleto
A seguir, confira como funciona o processo de homologação em diferentes bancos.
Homologação de boletos na Caixa Econômica Federal
Para abrir o processo de homologação de boletos na Caixa Econômica Federal, a empresa deve seguir regras específicas:
- local de pagamento: a Caixa exige que este campo esteja preenchido com uma mensagem padrão: “Preferencialmente nas casas lotéricas até o valor limite”.
- formato do boleto: a instituição exige que o boleto esteja no modelo CEF. Mesmo que o seu condomínio não vá usar esse modelo de boleto nas emissões de cobrança oficiais, o boleto para homologação deve obedecer a esse formato, para que ele contenha todas as informações necessárias para validação.
- quantidade de boletos e código de barras: a Caixa exige o envio de 10 a 20 boletos fictícios. No código de barras, o dígito geral deve ser um algarismo entre 1 a 9, e o dígito livre, entre 0 e 9.
Homologação de boletos no Santander
O cadastro do Santander é um dos mais simples, uma vez que, ao solicitar ao banco as informações para homologação, a instituição envia um e-mail padronizado com todas as informações necessárias.
As regras são:
- local de pagamento: a mensagem padrão do Santander é “Pagar preferencialmente no Grupo Santander”.
- formato do boleto: a logo é obrigatória.
Homologação de boletos no Itaú
Ao abrir o processo de homologação de boletos no Itaú, as exigências a serem cumpridas incluem:
- carteira: o Itaú exige que a empresa determine o tipo de carteira usada – registrada ou simples.
- local de pagamento: há dois textos obrigatórios: “Pague preferencialmente no Itaú” e, para local preferencial, “Após o vencimento pague somente no Itaú”.
- formato do boleto: a logo é obrigatória.
Homologação de boletos no Bradesco
No processo de homologação de boletos Bradesco, as etapas incluem:
- carteira: o Bradesco também exige que a empresa determine o tipo de carteira usada. O número é fornecido pelo banco.
- local de pagamento: o texto obrigatório é “Pagar preferencialmente na Rede Bradesco ou Bradesco Expresso”.
- formato do boleto: a logo é obrigatória.
Homologação de boletos no Banco do Brasil
Para abrir a homologação de boletos no Banco do Brasil, as orientações são:
- carteira: no Banco do Brasil também é necessário informar o número da carteira usada, fornecido pelo banco.
- local de pagamento: o texto obrigatório é “Pagável em qualquer banco até o vencimento”.
- formato do boleto: a logo é obrigatória.
Homologação de boletos no Sicredi
No processo de homologação de boletos no Sicredi, as etapas incluem:
- carteira: geralmente, utiliza-se a cobrança registrada (tipo 1), conforme padrão da cooperativa.
- local de pagamento: personalizável, mas comumente inserido o texto como “Pagável preferencialmente nas cooperativas de crédito do Sicredi”.
- formato do boleto: seguem os layouts CNAB 240 ou 400, conforme o que o gerente indicar; recomenda-se usar o CNAB 240 para homologação.
Homologação de boletos no Sicoob
No processo de homologação de boletos no Sicoob, as etapas incluem:
- carteira: utiliza-se a cobrança registrada (tipo 1), conforme o padrão do banco cooperativo.
- local de pagamento: deve conter a expressão “Pagável em qualquer banco até o vencimento”, conforme especificação de layout.
- formato do boleto: o layout recomendado para remessa é o CNAB 240 (novas homologações devem usar CNAB 240), ou CNAB 400 se o banco solicitar.
Dicas para garantir uma homologação sem erros
Para homologar boletos, o passo mais importante é revisar cada detalhe com atenção. Afinal, pequenos ajustes garantem que eles sejam aceitos com sucesso e sem contratempos.
Para fazer uma boa revisão, confira as dicas a seguir:
- use logo atualizada da empresa;
- confirme com o gerente o formato e layout;
- revise os dados cadastrais detalhadamente;
- gere boletos e remessas com dados fictícios;
- use um sistema confiável e atualizado;
- verifique se o sistema está configurado corretamente;
- siga as instruções específicas do banco;
- respeite os prazos do banco;
- se o processo falhar, colete evidências.
Automatize a emissão e homologação com a Group Software
A homologação de boletos pode parecer uma tarefa burocrática, mas não precisa ser. Com organização, revisão e as ferramentas certas, o processo segue com mais segurança e menos estresse.
A Group Software, por exemplo, simplifica essa etapa ao potencializar sua rotina financeira com soluções inteligentes e automatizadas, ideais para administradoras de condomínio que buscam menos retrabalho e mais eficiência.
Confira, a seguir, como o sistema ajuda em cada etapa da homologação de boletos.
- integração com diversos bancos: o sistema conversa diretamente com as principais instituições financeiras, eliminando a necessidade de inserir dados manualmente e garantindo uma conexão segura com cada banco.
- emissão automática de boletos registrados: a geração de boletos com registro ocorre automaticamente, desde a criação do arquivo de remessa até o envio, simplificando processos e reduzindo margem de erro.
- suporte em processos de homologação: a Group oferece suporte dedicado, orientando sobre layouts, testes e ajustes necessários para aprovação junto ao banco.
- relatórios inteligentes para controle e conciliação: tudo que você precisa fica à mão, como dashboards atualizados em tempo real, relatórios de boletos emitidos, pagos, vencidos ou em aberto.
Essas funcionalidades reduzem o risco de erros, aceleram o tempo de aprovação pelo banco e permitem que sua equipe dedique mais tempo ao atendimento ao cliente e menos a retrabalhos.
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Perguntas frequentes sobre como fazer homologação de boletos
Veja, a seguir, as respostas para as principais dúvidas sobre o tema:
Validação com o banco/PSP para checar layout CNAB, carteira e registros. Após testes de remessa/retorno, a emissão em produção é liberada.
Para validar um comprovante de pagamento, confira autenticação (código), data, valor e favorecido. Deve bater com o boleto e a baixa no extrato/retorno CNAB ou portal do banco.
Para saber se o boleto está registrado, consulte o DDA do seu banco ou o status no portal/API do emissor. Boletos não registrados não são aceitos para pagamento.
Cheque beneficiário, valor e vencimento. Os 3 primeiros dígitos da linha digitável devem ser do banco correto. Desconfie de links e divergências.
Homologação bancária é o aval técnico do banco para integrações de cobrança/pagamentos (CNAB, APIs, carteiras). Só após esses testes a empresa pode operar “valendo”.
Informar beneficiário e pagador (CPF/CNPJ), valor, vencimento, juros/multa e instruções; usar carteira correta do banco. O boleto deve ser registrado no banco e seguir o layout CNAB aplicável.