Condomínios, hoje em dia, se assemelham muito a pequenas empresas. Em termos de faturamento, os condomínios-clube, uma tendência imobiliária, chegam a ter 1000 unidades, o que resulta em uma arrecadação volumosa. Porém, isso também significa que erros na gestão condominial podem acarretar grandes prejuízos.
Listamos, neste artigo, os sete principais erros gestão condominial que podem causar grandes problemas para uma administradora – e como contorná-los.
Quais são os principais erros na gestão condominial?
A rotina de uma administradora é intensa: finanças, leis, cobranças, assembleias, manutenção preventiva, falta de planejamento e convivência entre moradores. Quando um desses pontos falha, o impacto é imediato.
Veja a seguir os erros mais comuns na gestão condominial e como lidar com cada um deles de forma prática e moderna.

1. Falta de transparência na gestão
Um dos motivos mais recorrentes de atrito entre administradora, síndico e moradores é a falta de clareza nas informações financeiras. Quando as pastas de prestação de contas estão incompletas ou pouco detalhadas, cresce a desconfiança e os questionamentos sobre os gastos realizados.
Esse problema pode gerar uma bola de neve: atrasos em decisões, reuniões mais tensas e uma percepção negativa do trabalho da administradora.
A transparência, além de ética, é estratégica. Estudos do setor imobiliário indicam que segurança e confiança na gestão estão entre os principais critérios de decisão de quem vive ou investe em condomínios.
Ferramentas de gestão digital ajudam a inverter essa lógica. Sistemas ERP permitem disponibilizar relatórios e extratos em tempo real, mantendo o síndico e os moradores sempre informados sobre a saúde financeira do condomínio.
2. Erros de comunicação entre administradora, síndico e moradores
O contato entre a administradora e os clientes finais se dá principalmente em duas etapas: na cobrança e na prestação de contas. Quando faltam canais eficazes, o simples ato de emitir uma segunda via de boleto vira um problema e a inadimplência cresce.
Uma situação complicada é quando o síndico ou as comissões de gestão discordam dos gastos efetuados pela administradora. É provável que isso aconteça quando as pastas de prestação de contas estão incompletas ou pouco claras.
Além disso, o gargalo aumenta quando a administradora tem dificuldade em rastrear as informações com agilidade, atrasando a resolução e criando um clima de desconfiança.
Hoje, a comunicação condominial digital é regra, não exceção. Como você deve perceber, é difícil encontrar alguém que não utilize pelo menos um meio de comunicação digital.
Nesse sentido, plataformas integradas, sejam via aplicativos condominiais, e-mail automatizado ou portal online simplificam a troca de informações e reduzem ruídos que podem virar grandes problemas no futuro.
Recomendamos que a administradora priorize disponibilizar documentos e serviços online, via desktop, smartphone ou tablet, tanto para reduzir o trabalho da equipe e diminuir falhas de comunicação, como evitar que algumas situações saiam do controle.
3. Não se resguardar antes de assumir o condomínio
Muitas vezes, um condomínio decide contratar uma administradora para conseguir resolver problemas ou erros da gestão condominial anterior. Em outros casos, a empresa que assume as contas pode ter grandes surpresas ao analisar a situação financeira.
Em todo caso, é fundamental saber se resguardar para não acabar levando a responsabilidade por falhas na administração. Para isso, siga estas etapas básicas:
- tire todas as certidões negativas (fundo de garantia, INSS, etc.);
- realize uma auditoria simples para desenhar a atual situação financeira;
- junte essas informações e apresente aos responsáveis em uma reunião inicial, isso demonstra profissionalismo e evita conflitos futuros.
Para as administradoras, pode ser um desafio convencer o síndico a abrir o jogo com relação à situação do condomínio. Cabe aos profissionais a habilidade de mostrar que essa decisão está baseada na experiência da administradora e que também ajudará a resguardar o trabalho do profissional.
As ferramentas digitais podem simplificar esse processo. Softwares de gestão condominial permitem criar checklists automatizados para a transição de contas, arquivar documentos e gerar relatórios de auditoria documental em poucos minutos.
4. Erros na gestão da inadimplência condominial
A inadimplência condominial é um dos temas mais delicados da gestão. Embora as administradoras já incluam um percentual esperado de devedores no planejamento, a cobrança desses valores exige profissionalismo, controle e agilidade.
Entre os principais erros observados nesse processo, destacam-se:
- deixar a cobrança “solta”, sem um processo estruturado ou padronizado;
- falta de centralização das informações, o que aumenta o risco de falhas jurídicas e prejuízos ao caixa;
- divulgação indevida de dados de condôminos inadimplentes em balancetes, comunicados ou assembleias, prática proibida por lei;
- dependência de controles manuais, que favorece erros e perda de rastreabilidade nas cobranças;
- desorganização nos acordos de pagamento, dificultando o acompanhamento de valores negociados e parcelas em aberto;
- demora na resposta a moradores dispostos a negociar, o que reduz as chances de recuperação da dívida;
- falta de acesso rápido a informações essenciais, como dívida original, valores pagos, acordos anteriores e andamento de processos judiciais.
A solução está na integração e automação. Um sistema de cobrança digital centraliza dados, gera relatórios de controle de pagamentos e registra automaticamente as interações com inadimplentes.
Além de reduzir erros manuais, esse tipo de solução melhora o acompanhamento das pendências e aumenta a assertividade na recuperação de receitas, algo crucial para a saúde financeira do condomínio.
5. Falta de automação nos processos administrativos
Grande parte das administradoras ainda realiza tarefas básicas como controle de pagamentos, conciliação bancária e atualização de cadastros de forma manual. Essa prática, além de desgastante, reduz a produtividade e aumenta o risco de erros operacionais.
A automação de tarefas é hoje um dos principais diferenciais competitivos do mercado. Pesquisas mostram que empresas que investem em digitalização conseguem reduzir custos administrativos e melhorar a experiência dos condôminos.
Entre os impactos da falta de automação estão:
- retrabalho e perda de tempo com tarefas repetitivas;
- dificuldade de integração entre setores e falhas no fluxo de informações;
- baixa escalabilidade, já que cada novo condomínio demanda mais mão de obra.
Para superar esses desafios, muitas administradoras estão adotando sistemas para condomínios que centralizam dados e executam processos de forma automática.
Um sistema condominial bem implementado padroniza rotinas, diminui erros manuais e permite que os gestores foquem em atividades estratégicas, elevando o nível de eficiência e confiabilidade da gestão.
Vale destacar que, segundo levantamento da Deloitte (2024), empresas que utilizam automação de processos registram ganhos de até 35% em eficiência operacional, além de uma melhora significativa na precisão das informações e na tomada de decisão.
6. Desconhecimento da legislação condominial
Um dos erros mais recorrentes na gestão condominial é a falta de domínio sobre a legislação vigente. Muitas decisões são tomadas com base no bom senso ou em práticas antigas, sem considerar o que está previsto no Código Civil para condomínios.
O resultado? Multas, conflitos e insegurança jurídica para a administradora e para o síndico. Casos recentes de decisões judiciais reforçam a importância da conformidade jurídica em todos os atos administrativos.
Outro ponto crítico são as regras internas, que precisam estar alinhadas com a legislação federal e com o regimento interno do condomínio.
Muitos conflitos entre moradores surgem justamente por cláusulas ultrapassadas ou mal redigidas, o que compromete a harmonia e pode gerar disputas judiciais desnecessárias.
Para evitar esse cenário, é essencial investir em formação contínua dos gestores e buscar apoio jurídico especializado.
Além disso, o uso de sistemas de gestão que integram notificações, assembleias e obrigações fiscais ajuda a garantir que todas as ações estejam em conformidade com a lei, reduzindo riscos e fortalecendo a credibilidade da administradora.
7. Negligenciar a manutenção preventiva e a infraestrutura do condomínio
A manutenção predial ainda é um dos pontos mais negligenciados na gestão condominial e, também, um dos que mais geram prejuízos. Quando a administradora adota uma postura reativa, esperando que o problema apareça para agir, o resultado é previsível: custos altos, desgaste com moradores e perda de valor patrimonial.
As falhas na manutenção preventiva estão entre as principais causas de conflitos entre síndicos e condôminos, além de responderem por grande parte das emergências em condomínios residenciais.
Elevadores, bombas d’água, sistemas elétricos e estruturas de segurança exigem planos de inspeção contínuos, não ações pontuais.
Por isso, uma gestão profissional precisa mapear riscos e adotar ferramentas digitais de controle, evitando esquecimentos, padronizando processos e facilitando auditorias.
Por fim, vale lembrar: a manutenção preventiva é parte da responsabilidade legal do síndico e da administradora. Ignorá-la não é apenas descuido operacional, mas descumprimento das boas práticas previstas na legislação e nas normas da ABNT, especialmente a NBR 5674:2023, que trata da gestão de manutenção de edificações.
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Como evitar os principais erros na administração condominial?
A gestão eficiente exige rotina, padronização e dados confiáveis. Não se trata apenas de “organizar a casa”, mas de criar um ecossistema de decisões embasadas, com rastreabilidade e responsabilidade compartilhada entre síndico e administradora.
As boas práticas que fortalecem a prevenção de erros e aumentam a produtividade condominial são:
- Invista em capacitação contínua
Cursos de atualização e certificações específicas em gestão condominial ajudam a reduzir falhas jurídicas e operacionais.
- Implemente soluções digitais e ERPs condominiais
A automação de tarefas e o controle centralizado de dados evitam erros humanos e otimizam a gestão financeira.
- Realize auditorias internas periódicas
Elas trazem transparência, previnem fraudes e garantem conformidade com a legislação vigente.
- Padronize processos administrativos
Checklists digitais e fluxos de aprovação reduzem retrabalho e aumentam a clareza das decisões.
- Comunique-se de forma transparente
Integre síndico, conselho e administradora em uma rotina de prestação de contas e feedback.
No fim, tecnologia sem método não resolve, e método sem preparo humano também não. O equilíbrio entre soluções digitais, formação técnica e cultura de responsabilidade é o que transforma a administração em um verdadeiro diferencial em relação aos seus concorrentes.
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Evite erros na gestão condominial com tecnologia e organização
Grande parte dos erros na gestão condominial nasce da falta de integração entre processos, dados e equipes. Planilhas manuais e rotinas descentralizadas aumentam o risco de falhas financeiras, retrabalho e perda de transparência, problemas que poderiam ser facilmente evitados com uma gestão digital estruturada.
A automação por meio de sistemas condominiais, como o Group Condomínios, permite centralizar informações, integrar rotinas e reduzir erros operacionais. Com dashboard estratégico, pasta digital de prestação de contas e automação bancária, o sistema combina eficiência operacional e inteligência de dados para a sua administradora ganhar produtividade e transparência.
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Perguntas frequentes sobre erros gestão condominial
Veja abaixo as principais:
Falta de controle financeiro, inadimplência sem gestão estruturada, ausência de manutenção preventiva e desconhecimento da legislação estão entre os erros mais comuns e custosos.
Sistemas como ERPs condominiais automatizam tarefas, centralizam informações e reduzem erros humanos, garantindo transparência e eficiência administrativa.
Deve solicitar auditoria documental, levantar certidões negativas e registrar a situação financeira atual para evitar assumir responsabilidades indevidas.






